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ACNUR parabeniza prefeitura de Niterói pela criação de comitê municipal que contempla refugiados 4b6x5x

Notas informativas

ACNUR parabeniza prefeitura de Niterói pela criação de comitê municipal que contempla refugiados 3le5f

16 Junho 2023
O prefeito de Niterói, Axel Grael, exibe o decreto assinado que instaura o comitê municipal, ao lado do representante do ACNUR, Davide Torzilli. ©ACNUR/Miguel Pachioni

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) felicita a prefeitura de Niterói pela implementação na data de hoje, 16 de junho, do Comitê Municipal de Políticas Públicas para a Promoção dos Direitos da População Migrante, Refugiada e Apátrida, conforme divulgado no Diário Oficial do município.

Com a promulgação do comitê, dentre outras conquistas advindas desta iniciativa, destacam-se o compromisso público voltado para a promoção dos direitos de pessoas refugiadas, apátridas e migrantes; o apoio para a inclusão desta população aos serviços públicos essenciais de forma afirmativa; e o monitoramento dessas ações com o objetivo de elaborar o plano municipal voltado para os anseios e necessidades dessa população.

“A prefeitura de Niterói assume sua responsabilidade e o nosso dever de estar preparado para lidar com o deslocamento forçado de pessoas que chegam à nossa cidade. A cidade de Niterói tem várias colônias de diferentes nacionalidades e isso nos caracteriza a ter uma sensibilidade maior por essa questão”, disse o prefeito Axel Grael no ato da do decreto.

Liderado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania do município, por meio da Secretária Nadine Borges, o comitê prevê a articulação de ações intersetoriais e transversais com outras pastas do município, assim como na capacitação de seu corpo técnico, como já realizado pelo ACNUR ao longo dos últimos meses.

“O ACNUR se coloca à disposição da prefeitura de Niterói para construirmos juntos práticas e ações que contribuam para o processo de acolhimento e integração da população refugiada no município. O decreto assinado contempla de forma abrangente os direitos das pessoas refugiadas e impulsiona a atuação dos serviços públicos e das secretarias de forma a incluir o tema nas políticas existentes e a serem criadas. Trata-se de um exemplo notório a ser seguido”, afirmou o representante do ACNUR no Brasil, Davide Torzilli.

A prefeitura de Niterói vem adotando ações de atenção mais efetivas às pessoas refugiadas. Em março do ano ado, foi inaugurado a sede do Núcleo de Migrantes e Refugiados Moise Kabagambe, em parceria com o ACNUR. O nome dado à Casa dos Direitos Humanos é uma homenagem ao refugiado congolês que foi brutalmente assassinado na capital fluminense, em janeiro de 2022.

De acordo com dados do Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, Niterói tem mais de 2 mil pessoas refugiadas residentes na cidade. Essa população também conta com os serviços prestados por outra importante instituição que atua no município: a Universidade Federal Fluminense (UFF), que faz parte da Cátedra Sérgio Vieira de Mello do ACNUR desde 2018. Esta universidade é uma referência nacional do processo de revalidação de diplomas de acadêmicos refugiados e seus pesquisadores estagiários contribuem para o atendimento a diversos casos de violação de direitos, atuando de forma conjunta com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos do município.

O ACNUR tem uma página em seu site dedicada aos projetos e metodologias para o aprimoramento de políticas públicas, listando os diversos conselhos e comitês municipais e estaduais existentes no país em prol da defesa dos direitos das populações deslocadas à força.

No ano ado, de acordo com os dados do relatório Tendências Globais: Deslocamento Forçado de Pessoas em 2022, o número de pessoas deslocadas por guerra, perseguição, violência e violações de direitos humanos atingiu o recorde de 108,4 milhões, um aumento de 19,1 milhões em relação ao ano anterior, o maior aumento já registrado pelo ACNUR.

“Esses números nos mostram que algumas pessoas são rápidas demais para correr para o conflito e lentas demais para encontrar soluções. A consequência é a devastação, o deslocamento e a angústia para cada uma das milhões de pessoas arrancadas à força de suas casas”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.