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Progresso alcançado na saúde dos refugiados em 2024 está em risco devido aos cortes de financiamento 5f17k

Notas informativas

Progresso alcançado na saúde dos refugiados em 2024 está em risco devido aos cortes de financiamento 2q1s2y

Conquistas importantes na prevenção de mortes e na melhoria do o a serviços de saúde para refugiados estão ameaçadas pela atual incerteza no financiamento, alerta a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR)
29 Abril 2025
Refugees from Sudan are ed at Kyriandongo reception center in Uganda

Refugiados recém-chegados do Sudão recebem vacinas no centro de recepção de Kiryandongo, em Uganda, em julho de 2024.

 

A Revisão Global Anual de Saúde Pública de 2024 do ACNUR, divulgada no início da Semana Mundial da Imunização, apresenta uma visão geral da resposta de saúde pública da agência em 63 países, destacando conquistas, desafios e prioridades para 2025. O relatório reflete o progresso alcançado no âmbito da Estratégia Global de Saúde Pública do ACNUR, lançada em 2021 e com vigência até o final deste ano, que enfatiza a inclusão sustentável dos refugiados em sistemas nacionais de saúde fortalecidos e parcerias.

Em 2024, o ACNUR apoiou mais de 15,4 milhões de consultas médicas em suas operações, incluindo 8,7 milhões em 22 países que utilizam o Sistema Integrado de Informação em Saúde dos Refugiados (iRHIS). Notavelmente, 17% das consultas foram prestadas a comunidades anfitriãs. A presença de profissionais qualificados em partos manteve-se alta, em 93%, com 138 mil partos assistidos e 735 mil visitas pré-natais apoiadas. No entanto, mesmo antes dos cortes significativos de assistência que estão sendo implementados, a escassez de financiamento provocou uma queda de 7% nas consultas e de 12% nos partos assistidos.

“Avanços consideráveis foram obtidos na garantia de serviços de saúde para refugiados e comunidades anfitriãs,” disse o chefe de Saúde Pública do ACNUR, Dr. Allen Maina. “Contudo, realidades profundamente preocupantes persistem. A redução no financiamento resultou em menos consultas e recursos limitados para emergências. Os sistemas nacionais têm enfrentado dificuldades com financiamento inadequado, e eventos climáticos extremos estão agravando os surtos de doenças. Barreiras ao atendimento obstétrico de emergência levaram a 180 mortes maternas entre refugiadas, muitas das quais poderiam ter sido evitadas.”

Apesar do progresso em alguns países, a cobertura vacinal infantil entre crianças refugiadas ainda está aquém das metas globais. Em 2024, 36% dos países que relataram dados atingiram pelo menos 95% de cobertura da vacina contra o sarampo, um aumento de 29% em relação a 2023. É necessário apoio contínuo para fortalecer os sistemas de imunização e garantir que todas as crianças – incluindo refugiadas – estejam incluídas nos programas nacionais de vacinação.

A desnutrição aguda afetou 10% das crianças refugiadas, enquanto a baixa estatura (retardo de crescimento) e deficiências de micronutrientes permaneceram elevadas. Com foco na identificação precoce e tratamento, 2,5 milhões de pessoas foram avaliadas e 262 mil crianças tratadas por desnutrição aguda.

O cuidado com a saúde mental permaneceu um pilar essencial dos serviços de saúde. As consultas relacionadas aumentaram para 176 mil em 2024, em comparação com 150 mil no ano anterior – impulsionadas pela integração da saúde mental na atenção primária e pelos investimentos em capacitação.

Eventos climáticos extremos, conflitos e deslocamentos estão intensificando os riscos à saúde. No ano ado, o ACNUR respondeu a surtos de sarampo, cólera, dengue e mpox (varíola dos macacos). Em campos de refugiados em Bangladesh, os casos de dengue ultraaram 15 mil, levando a avaliações de risco e ações multissetoriais. Os surtos de mpox na África foram enfrentados com vigilância comunitária reforçada, programas de água e saneamento e inclusão de refugiados em campanhas de vacinação.

Doenças não transmissíveis como hipertensão e diabetes são uma preocupação crescente, representando 6% de todas as consultas ambulatoriais. O ACNUR e parceiros apoiaram o desenvolvimento de capacidades de profissionais e fortaleceram sistemas de saúde para melhorar o o ao atendimento.

Em 2024, abordagens de saúde pública baseadas na comunidade foram ampliadas. Mais de 12 mil agentes comunitários em 37 países – muitos deles refugiados – receberam treinamento em promoção da saúde, realizaram vigilância de doenças e conectaram refugiados a serviços.

O ACNUR e parceiros avançaram na inclusão dos refugiados nos sistemas nacionais de saúde, promovendo a cobertura universal. Marcos importantes incluíram a transição dos serviços de saúde dos campos para as autoridades nacionais no Iraque, a integração de profissionais de saúde refugiados na formação nacional de enfermagem no Quênia, e a inclusão de mais de 93 mil refugiados em um programa nacional de cobertura de saúde em Camarões.

O ACNUR reiterou seu alerta de que a atual crise humanitária de financiamento, agravada pela queda nos gastos com saúde nos países anfitriões, está afetando o alcance e a qualidade dos programas de saúde pública e nutrição para refugiados e comunidades locais.

Para mais informações: 2l6r3b